Para lidar com essa situação, a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) tem tentado negociar com a junta militar, mas afirmou que está preparada para enviar tropas ao Níger caso os esforços diplomáticos falhem. Nessa terça-feira, o Conselho de Paz e Segurança da UA emitiu um comunicado indicando que está ciente da ativação da força de espera da Cedeao e solicitou que a Comissão da UA avalie as implicações econômicas, sociais e de segurança do envio dessa força.
Essas resoluções foram adotadas em uma reunião do conselho realizada no dia 14 de agosto. O conselho reiterou seu apelo pela libertação imediata do presidente eleito Mohamed Bazoum, que está detido desde o golpe, e pelo regresso dos militares aos seus quartéis. No entanto, até o momento os líderes do golpe têm resistido à pressão para renunciar e propuseram um cronograma de três anos para a organização das eleições, plano esse que foi rejeitado pela Cedeao.
A UA também afirmou sua forte rejeição a qualquer interferência externa na situação do Níger, seja por atores ou países de fora da África. Isso inclui até mesmo possíveis envolvimentos de empresas militares privadas, fazendo uma provável referência ao grupo mercenário russo Wagner, que já atua no país vizinho, Mali.
É necessário ressaltar que a reprodução desse conteúdo é estritamente proibida. Essas informações são de extrema importância e relevância para a compreensão da situação atual no Níger e a posição dos organismos internacionais envolvidos. O golpe militar no país tem gerado preocupações e discussões sobre seus impactos no Sahel e nas relações de poder na região.