Antes disso, haviam três aquedutos que abasteciam a Faixa de Gaza. Um deles era responsável por fornecer água para o oeste da cidade de Khan Yunis, no sul do enclave. Esse aqueduto havia sido reativado no dia 15 de outubro, após ter sido interrompido no dia 7 de outubro, quando o Hamas atacou comunidades israelenses, aumentando o conflito na região.
Segundo a ONU, o consumo de água pela população está 92% menor do que antes do início do conflito. O volume de abastecimento de água variou ao longo dos dias de conflito, mas ainda não havia sido completamente interrompido. Além disso, outro aqueduto que abastece a Área Média de Gaza foi danificado e, embora as autoridades israelenses tenham autorizado o reparo, nenhum conserto foi realizado.
Um terceiro aqueduto, que liga Israel ao norte de Gaza, também está fechado desde o dia 8 de outubro. Com isso, a água potável está limitada à ajuda humanitária que chega via Egito e aos equipamentos de dessalinização da água do mar ainda em funcionamento.
A situação é ainda mais grave na parte norte do enclave, onde a central de dessalinização de água e o aqueduto israelense que abastece essa região não estão operacionais. Além disso, o transporte de água foi interrompido no norte de Gaza devido às operações militares em curso.
Israel, por sua vez, afirma em um informe das Forças de Defesa que não há falta de água em nenhuma região da Faixa de Gaza. O documento destaca que, no último sábado (28), foi aberto um segundo canal de envio de água, elevando o total de suprimento de água potável para 28,5 milhões de litros por dia.
A ajuda humanitária que tem chegado em Gaza desde o dia 21 de outubro inclui caminhões com água potável, equipamentos de purificação de água e kits de higiene. No entanto, apenas 15 dos 143 caminhões continham água potável.
Enquanto isso, os brasileiros e seus familiares que estão na Faixa de Gaza estão enfrentando dificuldades para encontrar água potável. Cerca de 34 brasileiros aguardam autorização para deixar a região.
