Este ano, a cúpula marca a entrada de cinco novos membros no Brics: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia. Até o ano anterior, o bloco era composto apenas por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O governo russo, que preside o Brics em 2024, estabeleceu diversas prioridades para este ano, incluindo a integração dos novos membros e o fortalecimento do papel dos países Brics no sistema financeiro internacional.
Em uma reunião prévia entre lideranças financeiras dos países, o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, defendeu a criação de uma alternativa ao FMI, destacando a necessidade de novas instituições que atendam aos interesses do Brics. Além disso, o bloco discute a implementação de um sistema de pagamento digital alternativo ao dólar, conhecido como Brics Bridge.
No âmbito nacional, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, tem defendido uma maior autonomia financeira para o Brics, questionando o papel das principais instituições financeiras globais. O Novo Banco de Desenvolvimento é a única instituição financeira do bloco em funcionamento atualmente, financiando projetos entre os países membros.
A cúpula do Brics deste ano promete ser uma das maiores em termos de presença de líderes de Estado, contando com a participação de 24 países representados por seus chefes de governo. O Brics, que concentra cerca de 36% do PIB global, tem despertado o interesse de diversos países em aderir à cooperação econômica e política do bloco.
Com uma agenda que busca fortalecer a autonomia financeira e reduzir a influência das potências ocidentais, o Brics tem enfrentado críticas e tentativas de enfraquecimento por parte desses países. No entanto, o bloco segue firme em seus objetivos de criar uma alternativa ao sistema financeiro tradicional e promover uma maior integração entre seus membros.