Segundo Waller, a grande maioria dos beneficiários — uma impressionante cifra de 98,6% dos acessos registrados até aquele momento — manifestou não ter reconhecido ou autorizado os descontos associativos em seus benefícios. Este elevado percentual reflete a preocupação dos aposentados e pensionistas em relação à transparência e à legalidade das deduções aplicadas em seus pagamentos. Apenas 6.720 pessoas, o que equivale a 1,4% do total, aceitaram a legitimidade dos descontos em questão.
O contexto dessa situação é relevante, visto que muitos beneficiários estão cada vez mais atentos a possíveis irregularidades em seus extratos, especialmente em um cenário em que a gestão e os serviços prestados pelo INSS têm sido frequentemente scrutinados. Os aposentados e pensionistas têm expressado sua insatisfação quanto à falta de informação e suporte ao acessar o aplicativo que permite a consulta dos seus benefícios. Essa preocupação gerou uma avalanche de solicitações de ressarcimento, um reflexo da urgência em corrigir os erros e proteger os direitos dos segurados.
Durante a coletiva, Waller fez questão de ressaltar a importância de um trabalho conjunto com a Dataprev, empresa responsável pela parte tecnológica do serviço, o que pode garantir não apenas uma análise mais eficiente das demandas, mas também a implementação de medidas para evitar ocorrências semelhantes no futuro.
A situação levantou um importante debate sobre a transparência nas operações do INSS e a necessidade de uma comunicação mais eficaz entre os beneficiários e a instituição. Os aposentados e pensionistas esperam que medidas concretas sejam tomadas para restaurar a confiança na administração de seus benefícios e assegurar que situações como essa não voltem a ocorrer. Enquanto os processos de ressarcimento estão em andamento, muitos aguardam ansiosamente por respostas e soluções que mitiguem essa crise de confiança no sistema previdenciário.