Durante coletiva de imprensa, o presidente do INSS, Gilberto Waller, em conjunto com Rodrigo Assumpção, presidente da Dataprev, apresentou os números que refletem o resultado inicial dessa interação com os beneficiários. Segundo os dados divulgados, mais de 98% das pessoas que se manifestaram, o que corresponde a cerca de 473,9 mil indivíduos, afirmaram não reconhecer qualquer vínculo com as instituições que realizaram os descontos. Apenas uma pequena fração, apenas 1,4%, confirmou que havia, de fato, autorizado os valores em questão.
Além disso, a investigação revelou que 41 entidades e associações denunciadas não conseguiram apresentar vínculos reconhecidos com os beneficiários. Essas instituições agora têm um prazo de 15 dias úteis para comprovar a legitimidade das suas cobranças. Caso não consigam demonstrar essa relação, estarão obrigadas a reembolsar os valores que foram descontados de forma irregular.
Esse episódio acende um alerta sobre a necessidade de fiscalização mais rigorosa sobre as práticas de associações que atuam em nome de beneficiários do INSS. O alto número de pessoas que negaram autorizar os descontos sugere uma possível prática indevida por parte de algumas dessas entidades, que pode estar prejudicando financeiramente aqueles que dependem dos benefícios da Previdência Social.
Os aposentados e pensionistas, ao se depararem com esse cenário, precisam estar atentos e informados acerca de seus direitos, especialmente em relação aos descontos que podem ser feitos em seus pagamentos. É fundamental que os beneficiários continuem a responder às notificações e a registrar qualquer inconsistência, garantindo, assim, que seus direitos sejam respeitados e protegidos. O INSS, por sua vez, reafirma o compromisso de resguardar os interesses das pessoas que dependem desses pagamentos, reforçando sua posição de zelo e transparência nas relações com os beneficiários.