Luciano é reconhecido por um número significativo de doações em sua trajetória, tendo já contribuído com cerca de 67 doações de sangue e plaquetas. Este gesto altruísta não apenas salvou diversas vidas, mas também instaurou a consciência em seu filho, Gabriel, que já segue os passos do pai. “Meu filho participando da doação é uma imensa satisfação; é saber que estamos ajudando uma criança que realmente precisa”, declarou Luciano, emocionado.
A médica do Banco de Sangue da Santa Casa de Maceió, Socorro Albuquerque, aborda a urgência contínua de ter sangue em estoque. “Pacientes enfrentando câncer ou precisando de cirurgias emergenciais, todos esses casos necessitam de hemocomponentes prontos para serem usados”, enfatizou. Ademais, no processo diferenciado de doação de plaquetas conhecida como aférese, uma máquina separa as plaquetas do restante do sangue, o que permite que o doador recupere rapidamente suas plaquetas.
Luciano, que iniciou essa jornada aos 25 anos ao visitar uma ala dedicada a crianças com câncer, nunca sentiu efeitos adversos após o procedimento de doação de plaquetas. “Se as pessoas soubessem o quanto faz bem doar, teríamos muito mais doadores. É importante conhecer essa realidade”, afirma. Ele compartilha que o impacto de conhecer de perto o sofrimento das crianças e suas famílias é um impulsionador poderoso e salienta a importância de doar mesmo para quem não se conhece.
É essencial ter certas condições de saúde para se qualificar como doador de plaquetas: estar entre os 18 e 69 anos, pesar mais de 50 kg, estar saudável, e não usar medicamentos como ácido acetilsalicílico antes da doação são alguns dos requisitos básicos. Para muitos, a visita à ala oncológica é um choque de realidade, mas para Luciano, é também uma chama acesa que ilumina o caminho da solidariedade contínua e inspira muitos a seguirem essa nobre causa.
