A influenciadora acreditava que a médica que havia realizado o procedimento tinha usado apenas ácido hialurônico, mas em uma biópsia realizada após uma reação em seu lábio, descobriu que tinha PMMA [polimetilmetacrilato] em seu rosto. “Após seis meses eu simplesmente acordei e estava com o meu lábio gigante. Foi um desespero total. O PMMA [polimetilmetacrilato] subiu no meu buço e destruiu meu lábio. Ele ficou todo duro e aí precisei ir para Porto Alegre com um especialista”, revelou Mariana em entrevista.
Sua trajetória se tornou um exemplo de superação e alerta para aqueles que buscam procedimentos estéticos. Nas redes sociais, ela compartilha sua jornada de reconstrução facial, recebendo mensagens de apoio e incentivo de seus seguidores e até mesmo de profissionais da saúde.
Mariana não é a única vítima dos riscos associados ao uso inadequado de substâncias para preenchimento facial. Em junho do ano passado, a modelo e jornalista Lygia Fazio faleceu devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) após ter problemas de saúde decorrentes da aplicação de silicone industrial e PMMA.
O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é uma substância plástica não reabsorvível pelo organismo, utilizada como preenchedor em procedimentos para corrigir pequenas deformidades e casos de lipodistrofia. No entanto, seu uso para aumento de volume estético e em grandes áreas do corpo é altamente condenado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), devido aos riscos de complicações graves, como infecções e a rejeição do corpo.
A entidade reitera que o uso fora das orientações médicas é “extremamente perigoso” e pode resultar em danos estéticos e funcionais irreversíveis. Além disso, a Anvisa também demonstrou preocupações com o uso inadequado do PMMA e reforçou a importância de que o produto seja administrado por profissionais médicos treinados, para evitar complicações.
Portanto, o caso de Mariana Michelini serve como um alerta sobre a importância de buscar profissionais qualificados e produtos aprovados para a realização de procedimentos estéticos. A busca pela beleza não deve comprometer a saúde e a segurança, e a conscientização sobre os riscos é fundamental para prevenir tragédias como as que aconteceram com Mariana e Lygia.