Influenciadora digital alerta para riscos de procedimentos estéticos após perder lábio por uso de PMMA em harmonização facial


Uma história que começou como um desejo de alcançar a perfeição estética, acabou se transformando em um pesadelo para a influenciadora digital Mariana Michelini, de Matão, no Norte de São Paulo. Três anos após perder o lábio superior devido a uma “harmonização facial” realizada em dezembro de 2020, Mariana usa suas redes sociais para alertar as pessoas sobre os perigos de realizar procedimentos estéticos com produtos desconhecidos.

A influenciadora acreditava que a médica que havia realizado o procedimento tinha usado apenas ácido hialurônico, mas em uma biópsia realizada após uma reação em seu lábio, descobriu que tinha PMMA [polimetilmetacrilato] em seu rosto. “Após seis meses eu simplesmente acordei e estava com o meu lábio gigante. Foi um desespero total. O PMMA [polimetilmetacrilato] subiu no meu buço e destruiu meu lábio. Ele ficou todo duro e aí precisei ir para Porto Alegre com um especialista”, revelou Mariana em entrevista.

Sua trajetória se tornou um exemplo de superação e alerta para aqueles que buscam procedimentos estéticos. Nas redes sociais, ela compartilha sua jornada de reconstrução facial, recebendo mensagens de apoio e incentivo de seus seguidores e até mesmo de profissionais da saúde.

Mariana não é a única vítima dos riscos associados ao uso inadequado de substâncias para preenchimento facial. Em junho do ano passado, a modelo e jornalista Lygia Fazio faleceu devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) após ter problemas de saúde decorrentes da aplicação de silicone industrial e PMMA.

O PMMA, ou polimetilmetacrilato, é uma substância plástica não reabsorvível pelo organismo, utilizada como preenchedor em procedimentos para corrigir pequenas deformidades e casos de lipodistrofia. No entanto, seu uso para aumento de volume estético e em grandes áreas do corpo é altamente condenado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), devido aos riscos de complicações graves, como infecções e a rejeição do corpo.

A entidade reitera que o uso fora das orientações médicas é “extremamente perigoso” e pode resultar em danos estéticos e funcionais irreversíveis. Além disso, a Anvisa também demonstrou preocupações com o uso inadequado do PMMA e reforçou a importância de que o produto seja administrado por profissionais médicos treinados, para evitar complicações.

Portanto, o caso de Mariana Michelini serve como um alerta sobre a importância de buscar profissionais qualificados e produtos aprovados para a realização de procedimentos estéticos. A busca pela beleza não deve comprometer a saúde e a segurança, e a conscientização sobre os riscos é fundamental para prevenir tragédias como as que aconteceram com Mariana e Lygia.

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