Indonésia, Malásia e Tailândia se juntam ao BRICS em busca de uma nova ordem mundial, anuncia vice-ministro russo das Relações Exteriores.



Na recente cúpula do BRICS, realizada em Kazan, na Rússia, um novo passo significativo na dinâmica geopolítica global foi dado com a adição da Indonésia, Malásia e Tailândia como países parceiros do grupo. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Pankin, foi o porta-voz dessa importante movimentação, que reflete o crescente interesse da região da Ásia-Pacífico em se integrar a blocos cooperativos que buscam redefinir as relações econômicas e políticas mundiais.

A inclusão destes três países mostra não apenas um fortalecimento das relações do BRICS com nações asiáticas, mas também evidencia o desejo dessas economias de se apartar das narrativas dominantes e moldar uma nova ordem global mais justa. Durante a 16ª Cúpula do BRICS, Pankin enfatizou que a participação das economias do Ásia-Pacífico no comércio exterior russo já alcançou a impressionante marca de 70%. De acordo com ele, cerca de 90% das transações entre esses países estão sendo realizadas em moedas nacionais, um indicativo da crescente desdolarização do comércio internacional.

O vice-ministro destacou também a segurança energética como um dos pilares do desenvolvimento moderno. Ele declarou que a Rússia está comprometida em garantir o fornecimento contínuo de recursos energéticos para a região da APEC, reiterando que as transições para fontes de energia de baixo carbono devem ser realizadas de maneira justa, respeitando as capacidades tecnológicas e prioridades nacionais de cada país.

Enquanto isso, entre 9 e 16 de novembro, Lima recebe a cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que inclui 21 países, tais como os Estados Unidos, China e Rússia. Essa plataforma é crucial para aprofundar discussões sobre economia, comércio e desenvolvimento sustentável na região que abrange o Oceano Pacífico.

Esses avanços estratégicos indicam um movimento global em direção à diversificação das parcerias econômicas, especialmente em um contexto em que muitas nações buscam alternativas às dinâmicas tradicionais de poder econômico e político. A ascensão do BRICS, agora com novos aliados no sudeste asiático, representa um potencial desafiador às hegemonias estabelecidas, bem como um caminho promissor para a cooperação econômica mais equitativa e sustentável.

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