A inclusão destes três países mostra não apenas um fortalecimento das relações do BRICS com nações asiáticas, mas também evidencia o desejo dessas economias de se apartar das narrativas dominantes e moldar uma nova ordem global mais justa. Durante a 16ª Cúpula do BRICS, Pankin enfatizou que a participação das economias do Ásia-Pacífico no comércio exterior russo já alcançou a impressionante marca de 70%. De acordo com ele, cerca de 90% das transações entre esses países estão sendo realizadas em moedas nacionais, um indicativo da crescente desdolarização do comércio internacional.
O vice-ministro destacou também a segurança energética como um dos pilares do desenvolvimento moderno. Ele declarou que a Rússia está comprometida em garantir o fornecimento contínuo de recursos energéticos para a região da APEC, reiterando que as transições para fontes de energia de baixo carbono devem ser realizadas de maneira justa, respeitando as capacidades tecnológicas e prioridades nacionais de cada país.
Enquanto isso, entre 9 e 16 de novembro, Lima recebe a cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), que inclui 21 países, tais como os Estados Unidos, China e Rússia. Essa plataforma é crucial para aprofundar discussões sobre economia, comércio e desenvolvimento sustentável na região que abrange o Oceano Pacífico.
Esses avanços estratégicos indicam um movimento global em direção à diversificação das parcerias econômicas, especialmente em um contexto em que muitas nações buscam alternativas às dinâmicas tradicionais de poder econômico e político. A ascensão do BRICS, agora com novos aliados no sudeste asiático, representa um potencial desafiador às hegemonias estabelecidas, bem como um caminho promissor para a cooperação econômica mais equitativa e sustentável.