De acordo com Zunizakae, os Paresi plantam cerca de 20 mil hectares por safra, o que representa 1,7% do território total da tribo. A atividade agrícola gera uma movimentação econômica de aproximadamente R$ 150 milhões a R$ 200 milhões por ano, com a colheita de 3 milhões de sacas de grãos anualmente. Os Paresi estão envolvidos com a agricultura na região norte de Mato Grosso há duas décadas.
Uma das críticas feitas por Zunizakae foi a dificuldade de acesso ao crédito por parte dos indígenas, mesmo sendo produtores rurais com inscrição estadual e associação a uma entidade de classe. Essa dificuldade é atribuída à falta de garantias reais e de licenciamento ambiental das áreas.
O presidente da Coopirahama enfatizou que não apoiam arrendamentos e parcerias externas nas áreas demarcadas, mas sim o acesso a crédito oficial, como o Plano Safra, para desenvolver atividades internas e garantir a fiscalização e punição de atividades indevidas. Para ele, são necessárias políticas públicas específicas para o desenvolvimento econômico de acordo com as particularidades de cada região.
Quanto aos conflitos de terras entre produtores rurais e indígenas, Zunizakae colocou a responsabilidade de resolução sobre o Estado brasileiro, afirmando que nenhum indígena abrirá mão de seu direito à terra. Ele destacou a importância de políticas públicas eficazes para lidar com essas questões delicadas e garantir os direitos dos povos indígenas.