Indicador de Incerteza da Economia Brasileira atinge maior nível desde julho de 2022, segundo a FGV, influenciado por incertezas fiscal e externa.



O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) registrou um aumento de 1,5 ponto na passagem de dezembro para janeiro, atingindo o patamar de 116,9 pontos, o maior nível desde julho de 2022, de acordo com informações divulgadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo a economista Anna Carolina Gouveia, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), o aumento do indicador nos últimos três meses tem sido influenciado pelo cenário fiscal e pela amplificação das incertezas externas, especialmente no cenário político dos Estados Unidos sob o governo Trump.

O IIE-Br é composto por dois componentes principais: o IIE-Br Mídia, que monitora a frequência de notícias sobre incerteza nos principais jornais, e o IIE-Br Expectativa, que considera as dispersões das previsões para a taxa de câmbio e para o IPCA.

No mês em questão, o componente de Mídia foi o responsável pelo aumento do indicador, enquanto o componente de Expectativas apresentou um movimento contrário, refletindo um maior consenso em relação à trajetória da taxa de juros nos próximos meses.

O componente de Mídia registrou uma elevação de 3,5 pontos, contribuindo com 3,1 pontos para o índice geral, enquanto o componente de Expectativas teve uma queda de 7,1 pontos, contribuindo com -1,6 ponto para o indicador de janeiro.

A coleta de dados para o Indicador de Incerteza da Economia Brasileira ocorre entre o dia 26 do mês anterior e o dia 25 do mês de referência, permitindo uma análise abrangente e atualizada da situação econômica do país. Este aumento no índice reflete a complexidade e a instabilidade do cenário econômico e político atual, gerando incertezas tanto no âmbito nacional quanto internacional.

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