Incursão de Israel na Síria: especialista alerta que ações são ofensiva, não proteção, e podem gerar consequências na arena internacional.



A incursão de Israel na Síria, que ganha destaque nas dinâmicas de segurança do Oriente Médio, é considerada por especialistas como uma operação de agressão em vez de uma simples proteção. Depois de consolidar o controle sobre as Colinas de Golã, hoje os militares israelenses estabelecem presença na província de Quneitra, penetrando 16 quilômetros em território sírio. Essa movimentação levanta preocupações em relação às intenções reais de Israel na região, que, segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), são justificadas por razões de segurança.

No entanto, o especialista em segurança, Furkan Halit Yolcu, do Instituto do Oriente Médio da Universidade Sakarya, discorda desse discurso oficial. Para Yolcu, as ações de Israel transcendem a necessidade de defesa e constituem uma clara tentativa de apropriação territorial. O analista questiona se Israel conseguirá escapar impune destas operações, prevendo que a questão será debatida pela ONU em um futuro próximo, especialmente após a formação de um novo governo sírio.

As Colinas de Golã, uma região montanhosa de origem vulcânica, são consideradas vitais do ponto de vista militar, oferecendo tanto uma defesa natural contra ações sírias como uma posição estratégica com acesso a recursos naturais abundantes. Nos últimos dias, reportagens destacaram que as FDI assumiram o controle de um posto avançado sírio no Monte Hermon após a retirada do exército sírio da zona tampão, aumentando a tensão na área.

A escalada dos conflitos é evidenciada pela afirmação das FDI de que destruíram uma quantidade significativa de armamentos estratégicos sírios, temendo que facções da oposição armada possam utilizar essas instalações contra Israel. A complexidade da situação é acentuada pela fragilidade da política interna da Síria e a possibilidade de uma nova configuração de governo que possa mudar o panorama de segurança regional.

Neste contexto, a instabilidade geopolítica se agrava, estabelecendo um cenário em que a proteção e a ofensiva se misturam, refletindo uma luta mais ampla e estratégica pela influência na região, que continua a suscitar debates acalorados em instituições internacionais e pelo público em geral.

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