Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, comentou sobre o episódio, ressaltando que essa agressão representa uma tentativa de silenciar narrativas que desafiam a visão ocidental predominante sobre a realidade. Segundo Zakharova, os jornalistas russos desempenham um papel crucial em relatar a verdade dos fatos, contrariando a construção de uma imagem distorcida do mundo que, segundo ela, é promovida pela mídia ocidental. “O Ocidente tem uma narrativa moldada que ficaria ainda mais inabalável se não fosse a presença dos repórteres russos, que efetivamente mostram o que está realmente acontecendo”, declarou.
O incidente ocorre em um contexto de crise política na Geórgia, onde a oposição contesta os resultados das recentes eleições parlamentares. O partido governista, Sonho Georgiano, obteve 53,93% dos votos, enquanto a oposição, que totaliza 37,78%, não reconhece o resultado e demanda novas eleições sob supervisão internacional. Liderando essa insatisfação, a presidente Salome Zurabishvili, embora não partidária segundo a constituição, expressou apoio aos manifestantes e convocou protestos.
Organizações internacionais, como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), observaram que as eleições foram geralmente bem administradas, mas não sem problemas. A recusa da oposição em assumir os mandatos parlamentares resultantes do pleito acirrou ainda mais as tensões. O futuro político da Geórgia e a liberdade de expressão no país estão em um clima de incertezas, elevando a relevância de uma cobertura midiática equitativa e abrangente, em meio a um ambiente onde a distribuição de informações se torna cada vez mais polarizada.