Após se tornar presidente, Trump ainda não forneceu diretrizes claras sobre as tarifas, um aspecto crucial para a política comercial de seu governo. Isso tem gerado um ambiente de incerteza, onde diferentes facções dentro da administração disputam influência sobre a estratégia econômica. Por um lado, há figuras como Kevin Hassett, candidato para o cargo de diretor do Conselho Econômico Nacional, e Scott Bessent, indicado ao Tesouro. Ambos defendem uma abordagem mais moderada, sugerindo que as tarifas devem ser impostas com cuidado para evitar impactos negativos na inflação e no crescimento econômico.
Por outro lado, uma linha mais rígida é representada por conselheiros como Peter Navarro e Stephen Miller, que advogam por tarifas mais abrangentes e protecionistas. Essa divisão reflete uma tensão significativa dentro do Partido Republicano e levanta questões sobre a coesão e a clareza da política econômica do governo. Um republicano que se comunicou com a administração também revelou que Trump tem buscado compreender melhor o impacto de possíveis tarifas conversando com representantes de indústrias afetadas, uma tentativa de alinhar estratégias e mitigar retrocessos.
No campo das promessas anteriores, Trump já havia declarado a intenção de impor tarifas de 25% sobre produtos provenientes do Canadá e do México, justificando essa medida como uma resposta à imigração ilegal e ao tráfico de drogas. Da mesma forma, um aumento de 10% nas tarifas de importação de produtos chineses foi prometido, reforçando sua agenda protecionista. As decisões sobre tarifas não apenas moldam a relação dos EUA com seus vizinhos, mas também influenciam a dinâmica comercial global, provocando especulações sobre como essas políticas serão efetivamente implementadas no futuro próximo. A contínua falta de consenso interno pode, portanto, ser um indicativo de desafios mais amplos à frente para a administração Trump.