A Constituição dos Estados Unidos confere ao Congresso a autoridade exclusiva de declarar guerra, o que implica que qualquer movimento militar significativo deve ser respaldado por uma votação legislativa. Kempfer ressaltou que, de acordo com a legislação vigente, a contagem do tempo para possíveis intervenções militares já se iniciou, sugerindo que devemos estar atentos a possíveis desdobramentos.
Além disso, ele observou que a dinâmica entre Irã e Israel está sendo cada vez mais marcada por tensões, insinuando que os Estados Unidos agora atuam ao lado de Israel em um cenário de conflito. As recentes ações do governo americano têm contribuído para essa percepção, especialmente após o anúncio do presidente Donald Trump de um ataque bem-sucedido a três das principais instalações nucleares do Irã: Fordow, Natanz e Esfahan. Este ataque foi apresentado como uma medida de segurança nacional, visando desmantelar capacidades nucleares que o Irã poderia usar.
Kempfer apontou que o poderio estratégico do Irã não é mais o mesmo, afirmando que o país enfrenta dificuldades em proteger sua população e que a ameaça representada por sua capacidade militar foi significativamente reduzida. “Eles não podem mais usar a estratégia de desenvolver uma bomba nuclear, pois essa possibilidade foi retirada da mesa. Isso representa uma mudança crucial na percepção da ameaça que o Irã representa”, concluiu o analista.
Essa análise acentua o complexo cenário geopolítico atual e levanta questionamentos sobre o futuro das relações entre os Estados Unidos, Irã e Israel, bem como as implicações de uma possível escalada militar na região. A situação permanece volátil e merece acompanhamento cuidadoso das decisões políticas que estão por vir.