Incêndios Florestais Destróem Mais de 24 Mil Hectares na Patagônia Argentina e Colocam Comunidades em Risco



Os incêndios florestais na Patagônia argentina estão causando uma devastação alarmante, com mais de 24 mil hectares de florestas, plantações e pastagens consumidos pelas chamas desde o início dos focos ativos, em 25 de dezembro do ano passado. As informações indicam que cinco incêndios estão ocorrendo em três províncias da região, sendo o Parque Nacional Nahuel Huapi, localizado na província de Río Negro, um dos locais mais atingidos. Até o momento, cerca de 10,7 mil hectares desse parque foram destruídos, o que equivale a uma área equivalente à cidade de Buenos Aires.

De acordo com declarações de autoridades locais, como o chefe do Serviço de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (SPLIF) de Río Negro, Orlando Báez, a situação é crítica. A falta de recursos tem dificultado o combate eficaz às chamas, obrigando as equipes a priorizarem as áreas habitadas e abandonarem focos menos ameaçadores. Essa escolha tem sido determinante na tentativa de proteger a população local em locais como El Manso, El Bolsón e Mallín Ahogado.

A atuação emergencial das brigadas enfrenta uma crise significativa, refletindo uma subestimação da gravidade da situação por parte das autoridades provinciais e nacionais. Ambientalistas destacam que a devastação das florestas nativas na Patagônia pode levar até 200 anos para se recuperar. O evento se agrava pelo fenômeno de La Niña, que gera um clima de seca e torna a região ainda mais vulnerável a incêndios.

Além disso, as penalidades previstas na Lei de Florestas para quem desmata são consideradas insuficientes, sendo tratadas como custo operacional por algumas empresas. A introdução de espécies exóticas, como pinheiros, está sendo criticada por facilitar a propagação das chamas em comparação com as florestas nativas, que possuem maior umidade.

Com um crescente aumento do desmatamento, a Argentina se tornou um dos quinze países com maiores índices de perdas florestais no mundo, com um aumento de 10% em 2024, resultando na destruição de 150 mil hectares de florestas nativas. A previsão é de que os incêndios continuem a consumir áreas florestais até o final de março, época em que se espera um aumento na precipitação, essencial para a contenção das chamas.

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