Durante a discussão, Silva destacou que em condições de normalidade, cerca de 13% dos brasileiros sofrem de transtorno de ansiedade, e o Brasil é considerado o campeão mundial em casos de depressão. Ele ressaltou ainda que o tratamento psicológico dos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul será de longo prazo e dependerá das políticas implementadas pelo Estado.
Segundo o presidente da ABP, é fundamental que o Estado assuma a responsabilidade de oferecer um atendimento específico e contínuo para essas pessoas, garantindo apoio por meses e anos. A representante do Ministério da Saúde na audiência, Débora Noal, explicou as estratégias do órgão para lidar com a população afetada pela tragédia. Ela ressaltou a importância de fornecer informações precisas e adequadas às vítimas, a fim de evitar a ansiedade e a angústia decorrentes do desconhecimento da situação.
Noal também destacou a necessidade de reestruturação das redes de apoio aos pacientes, envolvendo família, amigos, comunidade e profissionais de saúde nas unidades básicas. A audiência pública, realizada a pedido da deputada Geovania de Sá (PSDB-SC), teve como objetivo discutir os efeitos da calamidade na saúde mental dos trabalhadores do Rio Grande do Sul. Foram abordadas diversas medidas e estratégias para garantir o suporte emocional e psicológico adequado às vítimas, visando amenizar os impactos da tragédia e promover a recuperação da população afetada.