IML de Maceió reduz acúmulo de corpos não reclamados em 67% com ação eficaz do setor de Antropologia Forense.



O Instituto Médico Legal (IML) Estácio de Lima, em Maceió, tem lidado com um problema crônico de acúmulo de corpos não reclamados, que vem se arrastando ao longo dos anos. No entanto, nos últimos sete meses, a situação tem apresentado melhorias significativas, com 67,4% dos 129 cadáveres que estavam na unidade sendo sepultados nesse período.

A redução desse número de corpos acumulados foi possível graças ao trabalho realizado pelo setor de Antropologia Forense do IML. O chefe do setor, o perito médico legista Eduardo Nysiama, explicou que duas ações principais foram fundamentais para esse progresso. A primeira delas foi a realização de exumações administrativas no cemitério Divina Pastora, tradicionalmente responsável por receber os corpos provenientes do IML de Maceió. A segunda ação foi a disponibilização de vagas para sepultamento em cidades do interior do estado, com o auxílio da Defensoria Pública de Alagoas.

Segundo Nysiama, as exumações no cemitério Divina Pastora foram cruciais para liberar vagas e reorganizar o espaço para novos sepultamentos. No total, foram exumados 185 corpos durante os últimos sete meses, dos quais 103 foram sepultados e 82 não tinham identificação. Além disso, através de uma negociação com mais de 20 prefeituras, a Defensoria Pública Estadual conseguiu estabelecer um fluxo eficaz para o sepultamento de cadáveres de diferentes municípios, evitando novos acúmulos no IML.

Apesar das melhorias, ainda há cerca de 60 corpos aguardando sepultamento no IML de Maceió, devido ao fluxo contínuo de novas entradas e à dificuldade em identificar ou localizar os responsáveis. Essa superlotação representa um risco para a saúde dos servidores e demais funcionários, uma vez que pode comprometer o funcionamento dos sistemas de refrigeração e acelerar o processo de decomposição.

É importante destacar que as ações em curso no IML de Maceió têm contribuído para melhorar a gestão dos corpos não reclamados, garantindo um tratamento digno e respeitoso aos falecidos e evitando problemas de ordem sanitária. O trabalho conjunto entre o instituto, a Defensoria Pública e as prefeituras locais tem sido fundamental para enfrentar esse desafio de forma eficaz e humanitária.

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