Diante da demora e da falta de estrutura para atender a idosa, os familiares decidiram retirá-la do hospital e levá-la de volta para casa. Uma das filhas relatou que precisou assinar um termo de responsabilidade, pois não havia condições de deixar a mãe naquela situação precária. O descaso vivenciado pelos familiares é evidente e mostra a falta de humanização e respeito com os pacientes.
Os familiares também destacaram que a situação foi agravada pelo descredenciamento de outros hospitais da rede, como o Hospital Arthur Ramos, em setembro, o que resultou em uma sobrecarga nos serviços da Unimed. A operadora tem enfrentado críticas desde o rompimento com o Hospital Arthur Ramos, que prestava serviços à Unimed por mais de 40 anos. Segundo a Unimed, a rescisão foi unilateral por parte do hospital, mas os usuários estão insatisfeitos com a crescente demanda e a incapacidade da operadora de atender adequadamente seus clientes.
A falta de leitos, o descredenciamento de hospitais importantes e a precariedade no atendimento aos pacientes são questões que precisam ser urgentemente revistas pelas autoridades responsáveis pela saúde pública e privada em Maceió. A população vulnerável, como essa idosa de 89 anos, não pode mais ser vítima desse tipo de negligência por parte das instituições de saúde. É necessário um olhar mais humano e cuidadoso em relação aos pacientes, garantindo atendimento digno e de qualidade a todos que buscam assistência médica.