A taxa de desemprego em Alagoas recuou para 7,7% no terceiro trimestre de 2024, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (22). Esse resultado marca o segundo trimestre consecutivo de queda na taxa de desocupação, que havia atingido a mínima histórica de 8,1% entre abril e junho.
A pesquisa revela que, entre julho e setembro, o número de alagoanos fora do mercado de trabalho foi de 107 mil, uma redução de 6 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, quando 113 mil estavam desempregadas. Em termos absolutos, seis mil trabalhadores conseguiram retornar ao mercado de trabalho no período.
Além da queda no desemprego, o rendimento médio dos trabalhadores alagoanos também apresentou aumento significativo. Em comparação com o segundo trimestre, o valor cresceu 6,3%, alcançando R$ 2.273. Quando comparado ao mesmo período de 2023, o aumento foi de 11,6%.
A Pnad Contínua também destacou o crescimento no número de trabalhadores com carteira assinada em Alagoas, que apresentou uma alta de 61,8%, a segunda maior do Nordeste, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte, com 64,9%. O estado superou outras regiões como Pernambuco e Sergipe, ambos com 60,2%.
William Kratochwill, analista da pesquisa, explicou que a redução no desemprego pode ser atribuída ao ciclo de contratações que ocorre no segundo semestre, especialmente nas indústrias, que se preparam para o aumento do consumo no final do ano.
A melhora na taxa de desocupação reflete os esforços do Governo do Estado em investir em áreas chave como segurança pública, infraestrutura e turismo, o que tem impulsionado a chegada de grandes empreendimentos e a criação de novos postos de trabalho.
Quando a série histórica da pesquisa foi iniciada em 2012, a taxa de desemprego em Alagoas era de 11,3%, 3,6 pontos percentuais acima da taxa atual. O pico de desemprego no estado foi registrado no quarto trimestre de 2020, durante a pandemia de Covid-19, quando a taxa atingiu 20,4% e mais de 260 mil pessoas estavam desempregadas. Atualmente, o número de desempregados é de 107 mil.