Além disso, o número de alagoanos vivendo na pobreza também sofreu uma redução, passando de 60,3% em 2021 para 54,2% no ano seguinte. Os números consideram como critério para a extrema pobreza e pobreza a população vivendo com menos de R$ 200 e R$ 637 por mês, respectivamente.
O levantamento do IBGE ainda revela que, a nível nacional, a proporção de pessoas vivendo em extrema pobreza passou de 9,0% em 2021 para 5,9% em 2022. Já o percentual de pessoas em situação de pobreza caiu de 36,7% para 31,6% no mesmo período. De acordo com o IBGE, esse declínio na extrema pobreza deve-se à participação dos benefícios de programas sociais, que correspondeu a 67% da população em extrema pobreza em 2022.
O Banco Mundial, por outro lado, aponta um cenário mais preocupante em nível global em relação à pobreza. Segundo o relatório da instituição, o combate à pobreza sofreu um imenso revés com a pandemia da Covid-19, resultando em cerca de 700 milhões de pessoas sobrevivendo com menos de US$ 2,15 (R$ 10,50) por dia.
A situação adversa mundial contrasta com o otimismo do governo de Alagoas, que instituiu o programa Alagoas Sem Fome no fim do ano passado, com o intuito de combater a fome para as populações em situação de pobreza e extrema pobreza no estado.
Além disso, o governador Paulo Dantas anunciou um plano mais arrojado para combate à fome em 2023, que deve ser implementado em breve. Enquanto isso, iniciativas como o fortalecimento do Cartão Cria e a atuação da Secretaria de Estado da Primeira Infância contribuem diretamente para a redução da extrema pobreza em Alagoas. Com todas essas ações, os números e proporções de pessoas vivendo em extrema pobreza no estado tendem a continuar em declínio nos próximos anos.