A situação é tensa, pois Trump já declarou que poderia agir contra os promotores do Conselho Especial em uma eventual retaliação a decisões que não favorecessem seu rival político. Isso, segundo os advogados de Hunter, aumenta a pressão sobre o sistema judicial, potencialmente interferindo na imparcialidade necessária para o caso. No entanto, também há um aspecto amplamente discutido: o perdão.
Joe Biden tem a prerrogativa de perdoar seu filho antes do término de seu mandato, mas já afirmou publicamente que não pretende exercer essa opção. Em contraste, Trump insinuou que poderia considerar o perdão para Hunter, embora tenha descrito o filho como “um garoto mau”. Essa dualidade de possibilidades adiciona mais uma camada de complexidade ao drama em que Hunter se encontra.
As acusações contra Hunter Biden são graves. Ele é o primeiro filho de um presidente em exercício nos Estados Unidos a enfrentar acusações criminais. As acusações incluem sonegação fiscal intencional, em que ele falhou em pagar mais de US$ 100 mil entre 2017 e 2018. Além disso, ele foi acusado de posse ilegal de arma de fogo, sendo portador de uma pistola Colt enquanto lutava contra dependência de substâncias. Hunter já foi considerado culpado em ambos os casos e aguarda a sentença marcada para meados de dezembro, com o julgamento da violação do porte de arma programado para o dia 12 em Delaware e o de evasão fiscal no dia 16 na Califórnia.
Diante dessa realidade, o futuro de Hunter Biden torna-se incerto, especialmente em um contexto político polarizado, onde as disputas entre democratas e republicanos frequentemente transcendem questões jurídicas.