Hungria se opõe ao envio de instrutores militares da UE para a Ucrânia, alertando para riscos de escalada no conflito, afirma ministro das Relações Exteriores.



A Hungria expressou sua oposição ao envio de conselheiros militares da União Europeia (UE) para a Ucrânia, argumentando que essa ação poderia agravar ainda mais a situação de instabilidade no país. Em declaração feita pelo ministro das Relações Exteriores, Peter Szijjarto, o governo húngaro ressaltou que considera “muito perigoso” o apoio à presença de instrutores militares da UE em Kiev.

Durante uma reunião dos ministros das Relações Exteriores da UE, que ocorreu recentemente, Szijjarto enfatizou que a Hungria não vê como aceitável essa iniciativa, que, segundo ele, contribui para um ambiente propenso à escalada de tensões no conflito já delicado entre a Ucrânia e a Rússia. O ministro sublinhou que a Europa precisa ser cautelosa e evitar qualquer medida que possa piorar a situação geopolítica na região.

Além disso, Szijjarto fez uma observação a respeito do grupo “Amigos da Paz”, uma plataforma proposta por países do Sul Global, como China e Brasil, para discutir a resolução da crise ucraniana. O governo húngaro manifestou apoio a essa iniciativa, contrastando com algumas nações da UE que desejam combater essa proposta. O chanceler destacou que a Hungria está disposta a participar das discussões dessa nova plataforma, que promete ser um espaço aberto para a diplomacia e o diálogo.

Essas declarações refletem a complexidade das dinâmicas políticas na UE, especialmente em relação ao conflito ucraniano, que continua a ser um ponto crítico nas relações internacionais. A postura húngara demonstra uma preocupação em manter um espaço para negociações pacíficas, ao mesmo tempo que se posiciona contra ações que possam intensificar hostilidades.

A Hungria, que tem adotado uma postura cuidadosa em relação à crise na Ucrânia, parece buscar um caminho que não apenas proteja seus próprios interesses geopolíticos, mas também promova um diálogo pacífico em um contexto de crescente polarização. As próximas semanas e meses serão cruciais para observar como as tensões entre a Ucrânia e a Rússia se desenrolarão, especialmente à luz das intervenções internacionais e das decisões políticas dentro da UE.

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