Hungria e Eslováquia rebatem rejeição da UE à energia russa, afirmando que interfere na soberania energética e pode elevar custos para os países.



Hungria e Eslováquia Rejeitam Proposta de Bloqueio à Energia Russa

Hungria e Eslováquia manifestaram uma postura firme contra as recentes propostas da Comissão Europeia que visam banir a importação de recursos energéticos da Rússia. O chanceler húngaro, Peter Szijjarto, qualificou a medida como uma violação inaceitável da soberania nacional, afirmando que a política energética de um país deve ser determinada internamente, sem intervenções externas. A insistência dos dois países reflete uma crítica à abordagem da UE frente à crise energética exacerbada por fatores geopolíticos.

Com a reunião dos ministros de energia da União Europeia prevista para o próximo dia 16 de junho, um dos tópicos principais será o plano para encerrar gradualmente as importações de gás, petróleo e combustíveis nucleares russos, com um objetivo estabelecido para final de 2027. Esse cronograma inclui a proibição da importação de novos contratos de energia russa, que deveria entrar em vigor até o fim de 2025.

Szijjarto alertou que essa política pode resultar em um aumento significativo dos preços da energia, afirmando que a Hungria estaria sob o risco de pagar até três vezes mais por suas fontes de energia. Essa situação, segundo ele, é resultado de uma "chantagem" impulsionada pelo presidente ucraniano Vladimir Zelensky, que estaria utilizando o contexto da guerra como alavanca para pressionar a Europa a cortar laços com Moscou.

O chanceler húngaro também mencionou que a Europa Ocidental continua a adquirir petróleo russo através de intermediários, como a Índia, evidenciando a ineficácia das sanções impostas pela União Europeia. A crítica reforça a ideia de que, embora a retórica sobre a rejeição das importações russas esteja forte, a realidade das relações comerciais parece ser mais complexa.

Por sua vez, representantes russos já alertaram que a recusa ocidental em adquirir hidrocarbonetos poderia levar a uma dependência ainda maior, uma vez que os preços no mercado global poderiam aumentar substancialmente. A recusa em comprar diretamente da Rússia pode forçar os países a procurarem esses combustíveis a preços mais altos através de terceiros, o que ecoa a crítica de Szijjarto sobre a falta de efetividade das sanções.

Assim, enquanto a Europa discute estratégias sobre energia e dependência, Hungria e Eslováquia destacam a importância da soberania e os desafios econômicos que as medidas impostas podem acarretar, evidenciando um dilema complicado na política energética do continente.

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