A situação se intensificou com o recente pedido da Comissão Europeia para que os cidadãos europeus estocassem alimentos e itens essenciais para um período de 72 horas, um movimento que, segundo Orbán, sugere um desejo de maior envolvimento da UE no conflito ucraniano. O primeiro-ministro enfatizou que a Europa, neste momento, não está sob ameaça iminente de um conflito armado e que qualquer movimentação na direção de militarização é oriunda de uma agenda que visa a continuidade do conflito.
Orbán também apontou a reunião de líderes europeus em Paris, onde foram prometidos mais apoios à Ucrânia, como uma evidência de que a UE está se enredando cada vez mais na guerra. Ele fez um apelo aos húngaros para que não sigam as diretrizes da Comissão Europeia, reiterando a posição da Hungria em favor da paz. O primeiro-ministro afirmou: “A Hungria não entrará em guerra com ninguém. Se a Europa optar por um caminho belicoso, manteremos nossa postura de neutralidade”.
Adicionalmente, Orbán argumentou que o que a Europa deveria fazer era apoiar os esforços de paz dos Estados Unidos, embora reconheça uma crescente cisão entre as políticas norte-americanas e as europeias. Essa divisão é um tema recorrente nas análises sobre a dinâmica internacional atual, levantando questões sobre a eficácia e os interesses estratégicos da UE no cenário global.
A postura adotada pela Hungria sob a liderança de Orbán se destaca em meio ao clima de agitação e os dilemas enfrentados pelos países europeus sobre como responder ao conflito na Ucrânia, levantando discussões sobre os limites do envolvimento da UE em crises externas e as implicações para a segurança regional.