Essa mudança na política dos Estados Unidos, implementada pelo presidente Donald Trump, envolve uma ordem executiva que afirma que as atividades dos houthis representam uma ameaça não apenas à segurança dos civis, mas também ao pessoal americano no Oriente Médio. Segundo a administração, tal designação se justifica pela ameaça que o grupo constitui à estabilidade do comércio marítimo global. A situação leva em consideração os recentes ataques houthi a navios mercantes que alegadamente têm ligações com Israel, intensificados a partir de novembro de 2023, em meio ao conflito em Gaza.
O contexto dessa designação é complexo e envolve não apenas as tensões entre os houthis e seus adversários regionais, mas também a dinâmica geopolítica mais ampla que permeia o Oriente Médio. O movimento houthi, que tem o apoio do Irã, controla grande parte do norte do Iémen e se tornou um ator significativo nas disputas regionais. Afirmam que sua luta é por justiça e pela defesa dos interesses de seu povo, especialmente em um cenário de guerra e bloqueios que afetam diretamente a população iemenita, que já enfrenta uma grave crise humanitária.
A reação dos houthis evidencia um sentimento de resistência e uma narrativa de vitimização diante do que consideram ser intervenções externas. A liderança houthi sugere que a designação como grupo terrorista não é apenas um rótulo, mas uma estratégia política que visa deslegitimar sua causa e impedir a solidariedade internacional em relação ao povo iemenita e à sua luta em apoio aos palestinos. Com isso, a polarização e as tensões na região continuam a crescer, intensificando os desafios humanitários e políticos que o Oriente Médio enfrenta atualmente.