Essa operação faz parte de uma campanha mais ampla iniciada pelos houthis em novembro de 2023, que tem como objetivo atacar embarcações mercantes que supostamente têm vínculos com Israel. De acordo com os relatos, esses ataques visam limitar a passagem de navios pelo Mar Vermelho e pelo Mar Arábico, enfatizando a urgência da crise humanitária na Faixa de Gaza, que enfrenta escassez de alimentos e medicamentos. As ações do movimento também apontam para um descontentamento com a maneira como a situação na região tem sido tratada internacionalmente.
Em resposta a esses ataques, várias empresas de navegação estão mudando suas rotas para evitar a zona de conflito, optando por desviar seus navios pela costa sul da África. Essa mudança não apenas prolonga o tempo de viagem, mas também eleva significativamente os custos associados ao transporte marítimo, impactando negativamente o comércio global, em especial o de petróleo, que é crítico para a economia mundial.
Historicamente, o movimento houthi foi classificado como uma organização terrorista pelo governo dos Estados Unidos, uma designação que foi alterada durante o governo Biden, mas reinstaurada novamente em março de 2025. As tensões políticas e militares nesse cenário são agravadas pela complexidade da relação entre os Estados Unidos, Irã e os atores locais, com os houthis sendo vistos como um proxy do Irã na região.
A escalada dos ataques e as reações das partes envolvidas sublinham a fragilidade da paz no Oriente Médio e a necessidade de uma solução diplomática mais eficaz. Em um contexto onde a vida de milhões de pessoas na região depende do fluxo seguro de suprimentos básicos, a continuidade dos conflitos marítimos pode criar consequências devastadoras não só para os países diretamente envolvidos, mas para o comércio internacional como um todo.