Houthis afirmam ter atacado destróier dos EUA e navios de suprimentos em operação militar no mar Arábico, intensificando tensão regional.



No último domingo, 1º de dezembro de 2024, um importante ataque foi reivindicado pelo movimento xiita iemenita Ansar Allah, popularmente conhecido como Houthis. Durante uma operação militar realizada no Golfo de Áden e no Mar Arábico, os Houthis afirmaram ter atacado um contratorpedeiro da Marinha dos Estados Unidos, além de três navios de suprimentos. O porta-voz militar do grupo, Yahya Saria, divulgou um vídeo onde a operação é detalhada, destacando o uso de 16 mísseis balísticos e de cruzeiro, juntamente com drones, na ação.

Saria identificou os navios atacados como sendo o Liberty Grace, o Maersk Saratoga e o Stena Impeccable. O ataque ocorre em um contexto de crescendo de hostilidades no Oriente Médio, onde os Houthis têm intensificado suas operações contra alvos associados a Israel e aos Estados Unidos, especialmente em resposta à situação na Faixa de Gaza. O movimento, que se posiciona como parte do chamado “Eixo da Resistência”, tem como objetivo não apenas resistir à presença militar americana na região, mas também responder às operações israelenses que consideram agressivas.

Embora o Pentágono ainda não tenha emitido um comunicado oficial sobre o incidente, a ação dos Houthis reflete um padrão mais amplo de seus ataques a navios comerciais que transitam pelo estreito de Bab-el-Mandeb, uma rota vital para o comércio internacional. Os impactos dessas operações são significativos, levando empresas de navegação a alterar suas rotas, o que acarreta custos mais altos para o frete marítimo.

Desde que os EUA lançaram uma operação multinacional em dezembro de 2023 com o intuito de proteger essa região estratégica, os Houthis continuam a realizar ataques, e as retaliações norte-americanas a alvos no Iémen têm sido frequentes, frequentemente em coordenação com aliados como o Reino Unido. Em entrevista, oficiais do movimento afirmaram que suas ações continuarão enquanto a situação na Faixa de Gaza não se estabilizar, prometendo assim uma escalada nos conflitos que refletem a complexidade da geopolítica contemporânea no Oriente Médio.

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