Essa unidade de saúde, que é a única da Rede Estadual de Saúde a oferecer esse tipo de tratamento, tem ajudado pacientes a recuperar funções motoras comprometidas por doenças como Acidente Vascular Cerebral (AVC), paralisia cerebral e distonia. Um exemplo disso é a paciente Rita Maria Brandão, de 76 anos, que sofreu dois AVCs, deixando sequelas como rigidez muscular, dor e dificuldades motoras.
O esposo da paciente, Júlio César Nogueira, relatou que após o segundo AVC, Rita Maria enfrentava muitas dificuldades para movimentar o lado direito do corpo. Os médicos explicaram que a toxina botulínica poderia ajudar a reduzir a rigidez muscular, melhorando a dor e trazendo mais qualidade de vida para a paciente. Isso trouxe uma nova esperança para a família.
A neurologista Alice Cavalcante, especialista em distúrbios do movimento e uso da toxina botulínica para fins terapêuticos, explicou que a substância atua bloqueando a liberação excessiva de neurotransmissores responsáveis pela contração muscular anormal, aliviando a espasticidade e permitindo maior funcionalidade.
A aplicação da toxina botulínica no Hospital Metropolitano de Alagoas segue protocolos rigorosos e é destinada não apenas a pacientes com AVC, mas também a indivíduos com paralisia cerebral, distonia, espasmos faciais, rigidez muscular em esclerose múltipla, traumatismo craniano e casos de bruxismo. Júlio César destacou a importância de contar com esse tipo de tratamento na Rede Pública de Saúde, o que traz mais confiança para o tratamento de sua esposa.
Com a continuidade das aplicações e o acompanhamento fisioterapêutico, a expectativa é que Rita Maria consiga recuperar parte dos movimentos, aliviar as dores e ter mais autonomia no dia a dia. O serviço de toxina botulínica terapêutica está disponível no Ambulatório de Distúrbios dos Movimentos do HMA, com encaminhamentos feitos pela Rede Estadual de Saúde. Pacientes interessados no tratamento devem passar por uma avaliação médica para verificar a indicação do uso da toxina botulínica.