A enfermeira da Organização de Procura de Órgãos, Ane Karine, destacou que o doador passou pelo protocolo que identifica a morte encefálica. A família foi acolhida e sensibilizada para liberar os procedimentos de retirada, armazenamento e transporte dos órgãos até os receptores compatíveis.
A coordenação da Central de Transplantes de Alagoas, representada por Daniela Ramos, ressaltou a importância do processo de doação de órgãos e como ele segue os protocolos do Ministério da Saúde. A doação respeita a lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes, onde critérios técnicos, como compatibilidade sanguínea, peso, altura e gravidade das condições de saúde, determinam a ordem dos pacientes a serem transplantados.
No caso desta doação, o homem, residente em Maceió, sofreu um acidente que resultou em traumatismo cranioencefálico. Devido à Hepatite C, apenas seus rins estavam disponíveis para doação. A autorização foi concedida pelo irmão do doador, que ressaltou a importância do ato de salvar vidas mesmo em momentos de luto.
Atualmente, 538 pessoas aguardam por transplantes em Alagoas, sendo a maioria aguardando por córneas. O Governo de Alagoas lançou o programa “Alagoas Transplanta: Uma Nova Chance de Viver”, com o objetivo de promover transplantes cardíacos e renais no estado, cujos custos são cobertos pelo Ministério da Saúde e o Governo de Alagoas.
A iniciativa visa proporcionar um atendimento médico completo, incluindo medicamentos necessários antes e depois do transplante, representando um grande avanço para a saúde pública em Alagoas, conforme explicou Gustavo Pontes de Miranda, gestor da Sesau.
