Hospital de Gaza é invadido por tropas israelenses, que revistam pacientes e despidos até a roupa íntima em longa operação.

No que pode ser descrito como um desastre humanitário, o principal hospital de Gaza enfrentou uma situação terrível quando as tropas israelenses invadiram o local, durante a intensa batalha em meio ao conflito entre Israel e o grupo Hamas. Segundo relatos de jornalistas presentes no local, os soldados israelenses interrogaram e revistaram pacientes no pátio do complexo, enquanto muitos palestinos ficaram despidos até a roupa íntima.

Em um relato chocante, um militar israelense teria gritado em árabe para que todos os homens com 16 anos ou mais levantassem as mãos e se rendessem. Cerca de mil palestinos, com as mãos levantadas, foram conduzidos para o amplo pátio do hospital, onde foram revistados em busca de armas ou explosivos. Alguns deles, após a revista, ficaram apenas de roupa íntima ao lado de tanques usados na incursão militar.

Relatos indicam que as forças israelenses percorreram os corredores do hospital, e até mesmo a seção de maternidade, disparando tiros de aviso e revistando mulheres e crianças. As tropas estavam à procura de membros do Hamas e não hesitaram em revistar qualquer pessoa em busca de possíveis ligação com o grupo.

As autoridades de saúde em Gaza relataram que os soldados israelenses entraram em vários departamentos do hospital, incluindo a cirurgia, radiologia e cardiologia. Até a retirada das tropas, os soldados ainda estavam se movendo entre os departamentos, interrogando pessoas feridas e distribuindo água potável para aqueles que buscaram abrigo no hospital durante a guerra.

As ações das tropas israelenses durante a invasão ao hospital foram condenadas por autoridades palestinas, chefes de agências da ONU e líderes regionais do Oriente Médio. Segundo fontes israelenses, armas foram encontradas durante a operação, embora não tenham fornecido evidências ou mais detalhes.

O ataque ao hospital al-Shifa agravou ainda mais a já terrível situação humanitária em Gaza, que já sofria com a intensa campanha de bombardeios e invasão terrestre israelense. Autoridades de saúde em Gaza relataram mais de 11.300 pessoas mortas, a maioria civis, desde o início do conflito. Enquanto isso, o pior ataque ocorrido em Israel na história resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e na captura de cerca de 240 reféns pelo grupo Hamas.

A invasão ao hospital al-Shifa é apenas um dos muitos episódios terríveis que marcaram este conflito, que resultou em um grande número de mortes e deslocamentos em ambos os lados. A necessidade urgente de um cessar-fogo e de uma resolução diplomática para o conflito é mais evidente do que nunca.

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