Hospital Albert Einstein inaugura Centro de Inovação em Saúde na região Norte para desenvolver projetos de qualidade e acesso à saúde.



A região Norte do Brasil acaba de ganhar seu primeiro Centro de Inovação em saúde, resultado de uma parceria entre o Hospital Albert Einstein e diversos parceiros. O objetivo do espaço é desenvolver projetos que visam ampliar o acesso e a qualidade dos serviços de saúde na região, em especial atendendo às necessidades locais. Dentre as áreas de atuação do centro estão a inteligência artificial, telemedicina e big data.

Segundo Sidney Klajner, presidente do Einstein, a região de Manaus, apesar de ser um polo industrial, enfrenta graves problemas na área da saúde, com índices de desenvolvimento humano preocupantes. Um exemplo é a alta taxa de mortalidade materna, a pior do país. Dessa forma, o Centro de Inovação surge como uma oportunidade de causar um grande impacto positivo na assistência à saúde, com projetos inovadores e adaptados à realidade local.

Além disso, o centro também se dedicará a pesquisas sobre o impacto das mudanças climáticas na saúde, especialmente em comunidades remotas e vulneráveis, e promoção do empreendedorismo em saúde, incentivando a criação de startups e apoiando projetos que contribuam para o avanço na área da saúde.

Essa iniciativa do Einstein é o quarto Centro de Inovação do hospital no Brasil, somando-se às estruturas já existentes em São Paulo e Goiânia. Com projetos em andamento para enfrentar os desafios locais, como a falta de especialistas médicos e as complexidades socioeconômicas e geográficas que dificultam o acesso à assistência, o centro já está colhendo frutos.

Um dos projetos em destaque é o desenvolvimento de um sistema de telemedicina, apoiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, que visa identificar precocemente casos de gravidez de risco. Com a utilização de inteligência artificial, o sistema é capaz de sugerir perguntas e orientar os médicos no atendimento às gestantes, contribuindo para a redução da mortalidade materna.

Outra iniciativa importante é a criação de um algoritmo de diagnóstico de leishmaniose, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O algoritmo, que funciona offline, utiliza fotos de lesões de pele para facilitar o diagnóstico da doença em áreas remotas, onde os recursos de saúde são escassos.

Além dos projetos de pesquisa e inovação, o Centro também está implementando um programa de bolsas de incentivo, em parceria com o Grupo Bemol e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA), que oferecerá capacitações em temas como propriedade intelectual, biodesign e modelo de negócios, visando impulsionar a pesquisa e a tecnologia na região.

Diante dessas iniciativas e projetos em andamento, o Centro de Inovação em Saúde do Einstein promete ser um importante agente de transformação na região Norte do Brasil, contribuindo para a melhoria dos serviços de saúde e o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios locais.

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