A presidente afirmou em comunicado divulgado nas redes sociais que a paz e a segurança interna da República estão em risco devido a ameaças externas. Ela reforçou que forças obscuras, internas e externas, estão se organizando para gestar um novo golpe de Estado no país, o qual ela pediu para que o povo repelisse.
Essas acusações surgiram após a embaixadora dos Estados Unidos em Honduras, Laura F. Dogu, criticar uma reunião entre autoridades hondurenhas e venezuelanas. Isso levou o governo de Honduras a suspender o tratado de extradição que mantinha com os EUA.
Além disso, a diretora do Conselho Nacional Anticorrupção de Honduras, Gabriela Castellanos, publicou uma carta pedindo a renúncia de Xiomara, alegando que o círculo familiar da presidente está ligado ao narcotráfico. No entanto, não foram apresentadas provas dessas alegações.
O ex-presidente Manuel Zelaya, esposo de Xiomara e deposto em 2009, também repudiou as acusações contra ele. Ele negou qualquer envolvimento com delitos ou dinheiro do narcotráfico, e atribuiu as alegações a mesquinhos interesses.
A crise em Honduras foi alimentada ainda mais com a divulgação de um vídeo de Carlos Zelaya, cunhado da presidente, em uma reunião com supostos narcotraficantes em 2013. Todo esse cenário envolvendo acusações de narcotráfico e planos para derrubar o governo de Xiomara Castro traz instabilidade ao país centro-americano.
O rompimento do tratado de extradição na semana passada foi um ponto de destaque, uma vez que permitiu a extradição do ex-presidente Juan Orlando Hernández, condenado a 45 anos de prisão por tráfico de drogas nos Estados Unidos. Essa situação agita a política em Honduras e mantém a tensão e incerteza sobre o futuro do país.