No segundo dia do encontro, está prevista a realização da plenária principal, na qual cada um dos chefes de Estado terá a oportunidade de fazer um discurso. Essa plenária é considerada de extrema importância, pois é nela que as decisões mais significativas serão tomadas.
Vale ressaltar que essa é a primeira reunião presencial do Brics desde o início da pandemia de covid-19. Apesar das restrições e dificuldades causadas pela doença, os líderes das nações membros entenderam a importância de se encontrarem pessoalmente para fortalecer a cooperação e buscar soluções conjuntas.
Dentre os assuntos que estão em pauta na plenária, destaca-se a expansão do Brics. Até o momento, pelo menos 22 países manifestaram formalmente interesse em se juntar ao grupo, incluindo Argentina, Arábia Saudita e Irã. Esse interesse mostra o prestígio e relevância alcançados pelo Brics ao longo dos anos.
Além disso, há uma discussão sobre o uso de moedas locais para transações comerciais entre os países do grupo. Essa medida é vista como estratégica, pois diminui a dependência do dólar e fortalece as economias locais.
Após a plenária principal, a cúpula continuará com uma plenária ampliada, na qual cerca de 40 países convidados também poderão participar. Esses países são provenientes da África, da América do Sul, do Caribe e da Ásia, e demonstram um interesse claro em ingressar no bloco.
É importante mencionar que, no primeiro dia da cúpula, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva participou da abertura do Fórum Empresarial, ao lado dos líderes da Índia e África do Sul. Durante o evento, ele destacou o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado pelo governo brasileiro, que tem o potencial de movimentar US$ 340 bilhões e gerar oportunidades para os países do Brics.
Após a Cúpula do Brics, Lula terá uma série de compromissos importantes. Ele viajará para a capital de Angola, Luanda, onde terá reuniões com o presidente João Lourenço. O objetivo dessa visita é fortalecer a cooperação entre Brasil e Angola, além de estreitar as relações históricas entre os dois países.
Logo em seguida, o presidente brasileiro seguirá para São Tomé e Príncipe, onde participará da 14ª Conferência de Chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esse encontro é de grande importância para a cooperação entre os países de língua portuguesa e para o fortalecimento das relações bilaterais.
Após a conferência, Lula retornará ao Brasil, levando consigo todas as discussões, parcerias e compromissos firmados durante sua viagem. O Brics continua a ser uma força importante no cenário global e seu papel na promoção do desenvolvimento econômico e político é cada vez mais reconhecido.
