O Brasil teve uma presença marcante na modalidade, com o jovem atleta Miguel Hidalgo alcançando o melhor resultado da história do triatlo brasileiro em Jogos Olímpicos, terminando em um impressionante 10º lugar com o tempo de 1h39min39s. Essa performance superou o recorde anterior de Sandra Soldan, que havia conquistado a 11ª posição nas Olimpíadas de Sydney em 2000, quando o triatlo foi incluído pela primeira vez no evento.
Miguel Hidalgo protagonizou uma prova de recuperação notável. Ele iniciou a competição com a natação, onde ficou na 23ª posição, a 47 segundos do líder. Contudo, sua perseverança e habilidade no ciclismo permitiram-lhe alcançar um pelotão de 32 atletas, disputando a liderança da prova. No segmento final, a corrida, que é sua especialidade, Hidalgo se posicionou fortemente na briga pela medalha. Embora tenha reconhecido que “o décimo lugar é uma porcaria” e expressado frustração por não ter conseguido um pódio, Hidalgo destacou o orgulho por ter alcançado um resultado histórico para o Brasil.
Outro competidor brasileiro, Manoel Messias, finalizou a prova na 45ª colocação.
Na prova feminina, as brasileiras Djenyfer Arnold e Vittoria Lopes enfrentaram desafios distintos. Djenyfer, que terminou na 20ª posição com o tempo de 1h58min45s, criticou a correnteza do Rio Sena, descrevendo a experiência como desesperadora devido às várias pancadas que tomou próximo à boia de marcação. Ela sublinhou que o problema não foi a poluição, mas a força da água.
Por outro lado, Vittoria Lopes, que terminou em 25º lugar com 2h00min10s, enfrentou dificuldades significativas durante o ciclismo devido à pista escorregadia. Ela foi uma das várias atletas que sofreram quedas, culminando em uma lesão nas costas que afetou seu desempenho e trouxe preocupações em relação ao revezamento subsequente.
A participação brasileira no triatlo em Paris 2024 refletiu a resiliência e o espírito competitivo dos atletas, destacando tanto conquistas históricas quanto os desafios inerentes a uma competição de alto nível.