Heleno, que é réu na ação, enfatizou sua defesa pela implementação do voto impresso, embora tenha admitido que nunca conseguiu transformar essa ideia em prática. Ao longo do depoimento, optou por não responder às perguntas do ministro Alexandre de Moraes, limitando-se a interagir com os questionamentos feitos por sua equipe de defesa.
O advogado de Heleno, Matheus Milanez, fez perguntas sobre sua aceitação do resultado das eleições que levaram Luiz Inácio Lula da Silva à presidência. Em uma resposta concisa, o general afirmou que não havia outra alternativa senão aceitar o resultado. Essa postura revela uma tentativa de alinhar-se com a legalidade e a formalidade institucional, apesar da atmosfera conturbada que cercou o pleito.
Durante o interrogatório, que começou com o pedido de Heleno para exercer seu direito ao silêncio, ele reiterou que sempre se pautou pelo respeito à Constituição durante seu tempo no GSI. O general fez questão de deixar claro que nunca tratou de questões políticas com os cerca de 800 a 1.000 funcionários sob sua Administração, visando posicionar a instituição como apolítica e apartidária.
Sobre suas opiniões acerca das urnas, Heleno sublinhou que sua visão crítica não é única ao Brasil, mas reflete uma preocupação mundial. Ele negou ainda ter qualquer conhecimento sobre um suposto plano denominado “Punhal Verde e Amarelo”. O interrogatório ocorreu em um clima tenso e polêmico, sendo suspenso e agendado para continuar após o intervalo, sinalizando a complexidade e a gravidade das questões em jogo. Esta sessão marca mais um capítulo em um caso que está atraindo atenção significativa da sociedade e da mídia, refletindo os sentimentos em torno da integridade do processo eleitoral brasileiro.