Marzouk esclareceu que houve uma solicitação anterior por parte do governo russo visando a libertação de quatro cidadãos russos detidos pelo Hamas. Desses, dois já foram libertados incondicionalmente, enquanto os dois restantes são soldados israelenses que se encontram sob custódia do movimento.
Os reféns em questão, identificados como Alexandr Trufanov e Maxim Kharkin, estão atualmente em Gaza. Alexandr Trufanov é um oficial do exército israelense que foi capturado durante os combates. Marzouk afirmou que Trufanov será negociado em troca de prisioneiros palestinos que estão em Israel. Em relação a Maxim Kharkin, o oficial explicou que ele é ucraniano, e sua família, após sua captura, adquiriu a cidadania russa com a intenção de facilitar sua libertação. Aparentemente, Kharkin também serviu no exército israelense no momento de sua captura.
Marzouk ressaltou que a libertação dos reféns será uma prioridade do Hamas como forma de honrar seus laços com a Rússia. Contudo, é importante notar que a negociação entre Hamas e Israel tem enfrentado desafios significativos. Na última semana, o ministro das Relações Exteriores do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, revelou que as conversas de cessar-fogo entre as partes estão estagnadas há cerca de um mês, sem progresso aparente.
Um representante do Hamas no Líbano, Ayman Shanaa, complementou que a organização não vê sentido em discutir a troca de prisioneiros sem uma trégua completa e a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza. Apesar das ofertas, a posição firme do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem dificultado o andamento dessas negociações.
A situação em Gaza permanece tensa, com o conflito já ocasionando mais de 42 mil mortes ao longo de um ano. Paralelamente, a violência tem se intensificado também no Líbano, onde um recente ataque resultou em 16 mortes e 52 feridos, demonstrando a gravidade da crise na região.