Apesar de o comunicado oficial não detalhar os termos do acordo, sabe-se que a proposta contou com a participação do Egito e do Catar. O braço político do Hamas enviou uma nova delegação ao Cairo para discutir os termos apresentados, em meio a um cenário de otimismo inicial que deu lugar a um pessimismo à medida que as negociações avançavam.
Fontes do governo israelense afirmaram que uma delegação diplomática seria enviada ao Egito apenas se houvesse avanços significativos nos termos apresentados pelo Hamas. A expectativa é de negociações difíceis e longas para se chegar a um acordo efetivo.
O acordo de paz é especialmente importante devido às preocupações levantadas pela comunidade internacional e organizações humanitárias sobre a possibilidade de uma ofensiva israelense em Rafah, onde se encontram cerca de 1,2 milhão de deslocados. A entrada em vigor do cessar-fogo também é vista como uma resposta às pressões internas e externas sobre o premier de Israel, Benjamin Netanyahu, que enfrenta cobranças para manter uma postura linha-dura contra o Hamas, mas também é instado a desescalar o conflito.
Os termos do acordo incluem um cessar-fogo de quarenta dias para a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, em um gesto que busca aliviar as tensões na região. A efetivação desse acordo é vista como um passo importante para se evitar um maior derramamento de sangue e promover a paz na região.