Haddad explicou que a nova MP irá facilitar a normalização das linhas de crédito para os agricultores já na próxima semana. O valor total previsto para esses recursos é de R$ 4 bilhões, uma quantia que, segundo ele, é imprescindível para o funcionamento contínuo do Plano Safra e, por consequência, para minimizar os aumentos no preço dos alimentos no Brasil. O ministro destacou ainda que, apesar da natureza emergencial dessa medida, as regras do arcabouço fiscal do país continuarão a ser respeitadas.
Durante sua fala, Haddad não deixou de criticar a inação do Congresso em aprovar o orçamento anual, que só deverá ser votado após o período do Carnaval. Ele mencionou que, até o momento, sequer o relatório de orçamento foi apresentado, subestimando a urgência da questão e levantando preocupações sobre as possíveis consequências econômicas da demora, como o aumento dos preços de alimentos devido à instabilidade na produção agropecuária.
Com a incerteza em relação ao orçamento, o governo manifestou preocupações sobre o impacto no Plano Safra, avisando que um eventual atraso nos financiamentos poderia resultar em pressões sobre a cadeia produtiva. Essa situação reflete uma série de desafios enfrentados pela administração atual, que busca equilibrar a necessidade de investimento no setor agrícola com a responsabilidade fiscal, ao mesmo tempo em que lida com a complexidade do cenário político brasileiro.
Assim, a medida provisória emergencial surge como uma tentativa do governo de assegurar que os agricultores tenham acesso a recursos necessários, garantindo não apenas a continuidade da produção, mas também o controle sobre a inflação dos alimentos, um tema de grande relevância para a sociedade brasileira.