Petro destacou a importância do retorno dos colombianos para revitalizar a economia nacional, enfatizando que “a riqueza é produzida apenas pelos trabalhadores”. Esta declaração, além de um apelo humanitário, também parece ser uma estratégia econômica para lidar com a crise atual, incentivando o repatriamento de trabalhadores que podem ajudar na recuperação do país.
Recentemente, o governo colombiano introduziu uma nova linha de créditos associativos destinada a facilitar o retorno dos cidadãos ao país, especialmente aqueles que foram deportados dos EUA. Essa estratégia surgiu em resposta ao aumento das deportações sob a administração do ex-presidente americano Donald Trump, com 201 colombianos já sendo deportados em voos do Exército colombiano desde que ele reassumiu o cargo. Essas deportações desencadearam uma série de tensões diplomáticas entre a Colômbia e os Estados Unidos, especialmente após o apelo de Petro.
Como efeito colateral das políticas de deportação, os Estados Unidos começaram a ameaçar impose sanções contra a Colômbia, incluindo restrições a vistos e tarifas sobre produtos colombianos. Em contrapartida, Petro anunciou que o governo colombiano também consideraria a imposição de tarifas sobre produtos americanos e pediu que os cidadãos norte-americanos em situação irregular na Colômbia regularizassem sua situação.
Recentemente, um acordo foi alcançado entre os governos dos dois países, permitindo que a Colômbia aceite cidadãos deportados dos EUA, encerrando temporariamente uma crise diplomática que se intensificou nas últimas semanas. Essa situação mostra a complexa interação entre questões migratórias e as relações diplomáticas entre a Colômbia e os Estados Unidos, com impactos significativos tanto para as comunidades de imigrantes quanto para as economias de ambos os países.