Enquanto isso, Ricardo Nunes, do MDB, com o apoio de 12 partidos e das máquinas da prefeitura e do governo do Estado, disputa a outra vaga com o candidato do PRTB, Pablo Marçal, que até o momento tem apresentado estagnação ou até mesmo recuo nas pesquisas.
É importante ressaltar que, em uma eleição, nem sempre os acertos são determinantes, mas sim a conjuntura e os erros cometidos pelos candidatos. Com um período de campanha curto, aquele que cometer menos erros tende a sair vitorioso.
Marçal, por exemplo, acertou ao chamar atenção para si no início da campanha, porém errou ao manter um tom estridente em suas falas, o que acabou lhe prejudicando. Apesar disso, não está descartado da disputa e pode contar com o chamado “voto envergonhado”, que pode lhe beneficiar.
Por outro lado, Nunes tem muito a perder caso não seja reeleito prefeito, já que desde o fim da ditadura militar nenhum prefeito de São Paulo conseguiu a reeleição. Além disso, nenhum governador de São Paulo conseguiu se eleger presidente da República.
O cenário político em São Paulo se mostra polarizado, com a possibilidade da esquerda se unir em torno de Nunes para derrotar Marçal, caso Boulos não esteja presente no segundo turno. Por outro lado, a direita e a extrema-direita podem se unir em apoio a Marçal, visando derrotar Boulos.
Diante desse contexto, os próximos debates entre os candidatos se mostram cruciais. Nunes já declarou que não participará de um deles, sabendo que será o alvo central das críticas. A disputa eleitoral em São Paulo promete ser acirrada e com desfechos imprevisíveis.