Yellen destacou um ponto crítico: os títulos do Tesouro, que outrora eram considerados uma opção segura, estão, de certa forma, se comportando como ativos de risco, os quais tendem a ser descartados durante períodos de instabilidade nos mercados. A ex-secretária também enfatizou que, embora a situação não implique no colapso do sistema financeiro, ela reflete uma significativa perda de confiança na política econômica adotada pelos Estados Unidos sob a administração atual. Essa situação se torna ainda mais complicada para o Federal Reserve, o banco central americano, que enfrenta o desafio de controlar a inflação, a qual pode ser exacerbate pela guerra comercial em curso.
Recentemente, Trump implementou tarifas em uma variedade de produtos importados de 184 países, com um ajuste que estipulou uma taxa básica de 10% e taxas maiores para 57 países com base no déficit comercial de cada um com os EUA. Apesar de um anúncio de redução temporária das tarifas em algumas circunstâncias, as taxas sobre importações da China permanecem elevadas, atingindo impressionantes 125%, refletindo um panorama desafiador nas relações comerciais entre as duas economias.
Toda essa dinâmica tarifária não impacta apenas a economia americana, mas provoca repercussões significativas em escala global, levando analistas a preverem custos que podem chegar a trilhões para a economia mundial até 2025. A combinação das medidas protecionistas e a reações do mercado colocam o futuro econômico dos EUA e do sistema financeiro global em uma posição delicada.