Em um movimento recente, a administração Trump anunciou tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados, impactando diretamente o Brasil, que é um dos principais fornecedores desses materiais para os Estados Unidos. As políticas protecionistas têm como objetivo, segundo Trump, equilibrar o déficit comercial do país, mas há preocupações de que essa estratégia pode ter efeitos adversos a longo prazo, incluindo uma diminuição na circulação global do dólar.
Estudos indicam que desde o início do século XXI, a participação do dólar nas reservas internacionais caiu de 71% para 58%. Essa tendência de desdolarização está sendo estimulada pelo crescente uso do yuan chinês por nações que buscam diversificar suas reservas cambiais, especialmente em um contexto de tensão geopolítica e incerteza econômica. A pesquisa do Fundo Monetário Internacional (FMI) revela que a diversificação no uso de moedas globais, como o euro e o iene, também está em ascensão.
Adicionalmente, Trump tem se mostrado preocupado com os países do BRICS, ameaçando aplicar tarifas de 100% sobre produtos dessas nações caso continuem seus esforços em desenvolver uma moeda alternativa ao dólar. Essa pressão representa não apenas uma estratégia econômica, mas um reflexo do desejo de manter a hegemonia do dólar como a principal moeda de troca internacional.
À medida que a guerra tarifária avança, os impactos nas relações comerciais globais e na dinâmica das moedas de reserva se tornam cada vez mais evidentes, gerando um cenário de incertezas e desafios para a economia mundial.