Mesmo diante da negativa judicial, os jardineiros continuam desempenhando suas atividades nos cemitérios, enquanto recorrem da decisão. Por outro lado, a Campo da Esperança tem feito duras críticas aos profissionais, acusando-os de diversos crimes como furto, vandalismo e criação de provas falsas. Enquanto isso, as famílias dos entes queridos sepultados parecem estar ao lado dos autônomos nesse embate.
A Campo da Esperança Serviços é responsável pela administração dos seis cemitérios do DF desde 2002, mesmo antes disso, os jardineiros autônomos já cuidavam dos túmulos na região. Contudo, a empresa fechou contrato com o Governo do DF em 2002 para cuidar dos cemitérios, resultando em um impasse com os jardineiros. Ao longo de 22 anos, as partes envolvidas no conflito se viram em embates judiciais, resultando em decisões conflitantes.
Recentemente, a 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios determinou que os jardineiros da Osjacem não podem realizar serviços de jardinagem nos cemitérios da região. A ação movida pela Osjacem se baseou na Lei nº 1.349, de 27 de dezembro de 1996, que assegura o acesso dos profissionais aos cemitérios públicos para a execução dos serviços de limpeza e manutenção dos túmulos.
No entanto, o embate permanece, com a Osjacem recorrendo e prometendo continuar a luta. Enquanto isso, as famílias dos sepultados no Distrito Federal mostram-se divididas, com alguns a favor dos jardineiros autônomos devido à insatisfação com os serviços prestados pela Campo da Esperança. Esta, por sua vez, alega que os jardineiros provocam diversos transtornos e dificultam os serviços de manutenção nos cemitérios.
Em meio a esse cenário de conflito, o presidente da Osjacem, Agnaldo Monteiro, afirma que, se os autônomos forem impedidos de trabalhar nos cemitérios, a maioria ficará sem renda, visto que este é o seu principal meio de subsistência. Por outro lado, a Campo da Esperança defende que dispõe de funcionários próprios para realizar a manutenção dos jazigos. A empresa destaca que a contratação dos serviços de manutenção é opcional para as famílias, podendo ser cancelada a qualquer momento.
Em última análise, a batalha entre os jardineiros autônomos e a concessionária Campo da Esperança promete continuar, com desdobramentos jurídicos e discussões envolvendo as partes interessadas. Enquanto isso, as famílias dos sepultados acompanham ansiosamente o desenrolar desse embate, em busca de uma solução que atenda às suas necessidades e preocupações em relação à manutenção dos túmulos de seus entes queridos.