A escalada tarifária contínua com a China tem gerado preocupações entre os produtores de soja, já que o país asiático é um mercado de exportação crucial para a soja dos Estados Unidos. Em recentes declarações, o presidente da American Soybean Association e produtor de soja no Kentucky, Caleb Ragland, expressou sua insatisfação com a situação, classificando-a como “difícil de engolir”. Ragland ressaltou que a China respondeu às tarifas norte-americanas com uma tarifa correspondente de 50%, somando-se a outros aumentos tarifários já em vigor desde março, o que eleva a taxa efetiva de importação da soja dos EUA na China para 114,73%.
Segundo o Financial Times (FT), o Brasil tem se destacado como o maior fornecedor de alimentos para a China, ampliando sua vantagem sobre os EUA nesse mercado. As exportações brasileiras têm aumentado significativamente, mesmo antes do aumento das tarifas sobre produtos chineses. Enquanto Trump elevou as tarifas sobre a China, afirmando que os EUA passarão a cobrar um adicional de 145% em todos os produtos chineses que ingressam no país, Pequim retaliou atingindo uma indústria estratégica norte-americana, limitando a exportação de filmes americanos e aumentando suas próprias tarifas para 84% sobre produtos dos EUA. A situação permanece tensa e incerta, com possíveis impactos econômicos a serem ainda completamente mensurados.