A oferta da empresa incluía um aumento de 6,05% nos salários a partir de janeiro de 2025 e um reajuste de 4,11% nos benefícios a partir deste mês. Entretanto, os trabalhadores consideraram a proposta insuficiente. Além do reajuste, os empregados manifestaram outras insatisfações, como a falta de respeito à data-base e o aumento do valor do plano de saúde, que levou muitos funcionários a cancelarem o serviço.
Em Alagoas, a expectativa é de que a adesão à greve não seja completa, mas a paralisação deverá atingir todos os setores de trabalho dos Correios no estado. Mesmo assim, a empresa informou que as operações continuam normalmente em todo o país nesta quinta-feira, 8, com agências abertas e todos os serviços disponíveis. Os Correios têm adotado medidas como remanejamento de profissionais e realização de horas extras para preencher as lacunas causadas pela paralisação.
Além da proposta de reajuste salarial, os Correios ofereceram um aumento de 20% para os empregados que atuam em funções “motorizadas”, como motociclistas e motoristas. Foi também proposto o pagamento de um vale-alimentação/refeição extra de R$ 50,93 nos meses de agosto a dezembro de 2024 para empregados com remuneração de até R$ 7,3 mil, além do tradicional “vale-peru” de R$ 1.120,47 a ser pago em dezembro de 2024.
No que concerne ao plano de saúde, a empresa está em processo de revisão do regulamento, com a intenção de reduzir a coparticipação de 30% para 15%. A implementação dessas mudanças está prevista para o próximo mês, após todos os ajustes necessários.
As negociações entre os Correios e os sindicatos seguem em curso, com foco em discussões que incluem anistia e revisão de processos administrativos, atendimento psicossocial para vítimas de assédio, ampliação de licenças paternidade e adoção, aumento do tempo de amamentação para lactantes, incentivo à participação de mulheres na liderança da empresa e suporte a empregadas vítimas de violência doméstica.
A categoria espera que as negociações avancem e tragam soluções que atendam de forma adequada às demandas dos trabalhadores, enquanto a estatal busca estratégias para minimizar os impactos da greve em suas operações diárias. A adesão à greve e a continuidade das atividades mostram o clima de tensão e o desafio de encontrar um meio-termo que satisfaça ambas as partes.