Governo propõe alíquota mínima de 10% para renda acima de R$ 50 mil, segundo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Discussão será em 2025.



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou em declaração nesta sexta-feira, 29, a necessidade de combater a prática de contribuintes que utilizam artifícios jurídicos para se isentarem completamente do imposto de renda. Haddad justificou a proposta do governo de implementar uma alíquota mínima de até 10% para aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês, enfatizando a importância de garantir mais justiça tributária no país.

Durante entrevista à Record News, Haddad ressaltou o caso de indivíduos que recebem rendas altas, como um milhão por ano, e que encontram maneiras de evitar o pagamento do imposto de renda por meio de estratégias financeiras complexas. Ele enfatizou a necessidade de dialogar sobre a desigualdade existente no sistema tributário brasileiro, questionando a diferença na cobrança de impostos entre uma pessoa que ganha R$ 3 mil e grandes empresas.

A proposta de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil foi destacada por Haddad como um compromisso de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, cuja discussão está prevista para o ano de 2025. O ministro salientou que a intenção do governo não é aumentar a arrecadação, mas redistribuir de forma mais justa a carga tributária, buscando equilibrar a taxação de rendas mais altas.

Haddad enfatizou que a proposta de ampliação da isenção do IR terá um impacto de R$ 35 bilhões, compensado parcialmente pela taxação de rendas superiores a R$ 50 mil por mês. Ele destacou a importância de debater a proposta no Congresso Nacional, ressaltando que o governo busca uma abordagem equilibrada no sistema tributário.

Além disso, o ministro mencionou o sucesso de programas de crédito do governo, como o Acredita e Desenrola, enfatizando a importância da ampliação do acesso ao crédito para impulsionar o consumo e a economia. A entrevista completa foi exibida na Rede Record e parte dela será transmitida no Jornal da Record, contribuindo para a ampliação do debate sobre questões econômicas e fiscais no país.

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