No entanto, vale ressaltar que esses valores não consideram os gastos decorrentes das enchentes que afetaram gravemente o estado do Rio Grande do Sul no final de abril. Caso esses custos fossem levados em conta, o déficit poderia chegar a 0,6% do PIB nacional.
Diante da pressão do mercado e de declarações do presidente Lula sobre a necessidade de reduzir os gastos públicos, o governo deve apresentar um pacote de cortes na próxima semana. O atraso na elaboração desse documento gerou certa preocupação, mas o ministro Haddad adiantou que o texto será divulgado até a terça-feira (26), após ajustes finais com o presidente.
“Há um acordo prévio com o Ministério da Defesa, que foi comunicado informalmente pelo ministro Haddad na última quinta-feira. Estamos finalizando os detalhes e, ao fim da reunião de segunda-feira, estaremos prontos para divulgar as medidas. O pacote já foi encaminhado aos presidentes da Câmara e do Senado e é suficiente para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal proposto pelo governo”, afirmou o ministro.
A expectativa é de que essas medidas contribuam para manter a estabilidade econômica do país, equilibrando o orçamento e permitindo a retomada do crescimento com inflação controlada. Até terça-feira, será possível saber com mais clareza como o governo pretende lidar com os desafios fiscais e econômicos em meio à pandemia.