O anúncio do fechamento do museu foi feito por Baños em uma mensagem enviada por WhatsApp aos funcionários que trabalhavam no local, no dia 31 de dezembro. O Centro de Memória Cultura Haroldo Conti, criado em 2008, tinha como objetivo homenagear o escritor argentino Haroldo Conti, que foi sequestrado e desaparecido em 1976, durante o regime militar.
Além de resgatar a memória dos tempos de repressão no país, o museu promovia diversas atividades culturais, como teatro, literatura, dança, fotografia e educação. O fechamento do espaço causou indignação em setores da sociedade argentina, que consideram a medida uma tentativa de apagar a memória histórica do país.
O governo de Javier Milei ainda não se pronunciou oficialmente sobre os motivos que levaram ao fechamento do museu. No entanto, a decisão gerou críticas e protestos de organizações de direitos humanos e representantes da cultura argentina, que denunciam a atitude como um retrocesso no processo de reconhecimento e reparação das vítimas da ditadura.
O fim do Centro de Memória Cultura Haroldo Conti reacende o debate sobre o papel dos museus na preservação da memória histórica e no estímulo à reflexão crítica sobre os períodos de repressão política. O episódio levanta questionamentos sobre a liberdade de expressão e a garantia dos direitos humanos em um contexto de polarização política na Argentina.
Diante desse cenário, a sociedade civil e os defensores dos direitos humanos se mobilizam em defesa da memória histórica e da liberdade de expressão, pressionando o governo a rever sua decisão e garantir a preservação do Centro de Memória Cultura Haroldo Conti como um espaço de resistência e reflexão sobre os horrores do regime militar na Argentina.