A discussão em torno da anistia tomou impulso, especialmente após articulações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos. Essa mobilização ganhou ainda mais relevância após a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar desse cenário, os aliados do governo expressam otimismo e acreditam que a proposta não conseguirá avançar de forma significativa. Mesmo que a proposta passe na Câmara dos Deputados, é amplamente considerado que encontrará resistência no Senado.
Os apoiadores do governo estão determinados a desmantelar essa discussão antes das eleições de 2026, visando evitar que a pauta sobre a anistia continue a unificar a base bolsonarista e provocar divisões no cenário político nacional. Essa estratégia é vista como essencial para garantir estabilidade e foco em outras questões prioritárias que afetam diretamente a população.
Em meio ao aumento da tensão em torno do tema, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, decidiu reunir ministros para fortalecer a articulação política com as diversas bancadas no Congresso. Durante uma reunião realizada na última segunda-feira, Gleisi não somente reiterou a importância de unir esforços contra o projeto de anistia, mas também solicitou apoio para outros projetos que são cruciais para a agenda do governo. A busca por apoio legislativo é uma prioridade, em um momento em que as disputas políticas podem definir o futuro do governo e, consequentemente, do Brasil.
Com um clima de incerteza que permeia o cenário político, a questão da anistia se torna um importante ponto de discussão, refletindo as atuais polarizações e as complexas relações entre os diversos atores políticos do país. A gasolina dessa crise é a indiscutível luta pelo poder, que promete reverberar nas próximas semanas e meses, à medida que cada lado intensifica suas estratégias.
