Como parte dessa operação de retirada, que está sendo coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty busca garantir a segurança de seu corpo diplomático em uma situação delicada, já que muitos países europeus também optaram por esvaziar suas representações na Síria. A intenção é realizar a retirada de diplomatas brasileiros em um esforço conjunto com outras nações, com a ajuda da ONU.
Os funcionários da embaixada brasileira têm como destino inicial o Líbano, de onde devem ser transportados por via aérea para casa. O governo tem ciência da possibilidade de que a situação na Síria se agrave ainda mais nos próximos dias, com a intensificação de confrontos entre diversos grupos políticos e militares que disputam o controle do país. Além disso, há preocupações sobre as movimentações do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, que poderia tentar anexar partes do território sírio em meio ao caos.
Atualmente, não existe um plano formal de repatriação para os cerca de 3.000 brasileiros que residem na Síria. Entretanto, o Ministério das Relações Exteriores já fez recomendações para que esses cidadãos deixem o país de forma independente o mais rápido possível, ressaltando a gravidade da situação. A decisão do governo brasileiro reflete uma preocupação crescente com a segurança de seus cidadãos e representantes em uma região marcada por conflitos e incertezas.
